Teste do pezinho detecta até 50 doenças
Pediatra do Hospital Pasteur destaca importância do exame, realizado entre o 3º e o 5º dia de vida do recém-nascido
Rio de Janeiro, RJ (Junho de 2021) – O dia 6 de junho é a data que reforça a importância do teste do pezinho. Realizado entre o 3º e o 5º dia de vida do recém-nascido por meio da coleta de algumas gotinhas de sangue do calcanhar do bebê, o exame identifica doenças genéticas ou metabólicas que podem resultar em deficiência intelectual ou causar prejuízos à qualidade de vida. De acordo com Renata Fish, coordenadora da Neonatologia do Hospital Pasteur, o teste do pezinho pode detectar até 53 doenças raras, dentre elas: fenilcetonúria; hipotireoidismo congênito; deficiência de biotinidase; fibrose cística; anemia falciforme; e hiperplasia adrenal congênita (HAC).
“O teste é rápido e o benefício é imensurável. Muitas dessas doenças podem aparecer mesmo que o bebê não tenha histórico familiar ou sem apresentar algum sintoma no nascimento. Com isso, conseguimos iniciar o tratamento de forma precoce já que todas essas doenças geram complicações graves, como limitações das articulações e déficit no desenvolvimento neurológico, além de problemas cardíacos, ósseos e respiratórios”, explica a médica.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 6 a 8 mil doenças raras, sendo que 30% dos pacientes vão a óbito antes dos 5 anos de idade. Ainda de acordo com dados da OMS, no Brasil, estima-se que 13 milhões de pessoas tenham alguma doença rara. Recentemente foi aprovado o Projeto de Lei (PL) 5.043/2020, que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho aplicado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O prazo para implementação será de até um ano após a data de aprovação do PL.