Hospital Pasteur promove diálogo para reforçar a importância da Campanha Novembro Roxo

Durante roda de conversa com os pais dos prematuros serão transmitidas informações sobre o pré-natal e o acompanhamento médico pós-alta

Rio de Janeiro, RJ (novembro de 2021)  – O Hospital Pasteur irá promover, nesta quarta-feira (17/11), a partir de 10h, no Dia Mundial da Prematuridade, uma roda de conversa, gratuita, para orientar e acolher os pais que possuem bebês prematuros internados em sua UTI neonatal. O evento contará com informações sobre o período pré-natal e os cuidados após o nascimento do bebê e a alta hospitalar e a importância do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para dar suporte emocional, técnico e social para o prematuro e sua família. A iniciativa da instituição reforça a importância do movimento Novembro Roxo, que alerta para os altos índices de prematuridade no Brasil, o décimo com mais partos por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O bebê é considerado prematuro quando nasce antes de ter completado 37 semanas de gestação e é chamado de prematuro extremo se o nascimento ocorre antes de completar 28 semanas. 

De acordo com a pediatra Renata Fish, coordenadora de Neonatologia do Hospital Pasteur, o parto prematuro acontece com frequência e causa riscos tanto para mães quanto para as crianças. “Mais do que conscientizar, precisamos dar visibilidade a uma condição de saúde que gera transtornos sociais e econômicos à nossa população. Essas crianças precisam de todo apoio para não adquirirem sequelas, e, se elas se apresentarem, precisam ser incluídas na sociedade”, afirma.

A especialista aponta que, nos últimos anos, houve uma melhora significativa no cuidado prestado à mulher gestante, sobretudo à de alto risco, ao recém-nascido e à criança, no que se refere à assistência prestada no sistema de saúde do país, mas que muito ainda pode ser feito para reduzir os partos prematuros realizados aqui. “O pré-natal de alto risco durante toda a gestação, quando bem conduzido, reduz as chances de partos prematuros e, quando eles acontecem, mãe e bebê estarão em melhores condições clínica para uma recuperação completa”, destaca Renata Fish.

Após a alta hospitalar do prematuro, é importante que haja o acompanhamento de um pediatra que já conheça o seu histórico. Dessa forma, ele pode identificar a necessidade de atendimento multidisciplinar, que pode incluir especialistas como pneumologista, cardiologista, neurologista, psiquiatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e pedagogo. Já a assistente social auxilia na inclusão dessas crianças que possuem sequelas da prematuridade na sociedade e a se tornarem membros ativos e capazes nela. Cerca de 70% dos prematuros com idade gestacional inferior a 32 semanas sobrevivem ao período neonatal (média de todo o país), mas podem apresentar, na infância e adolescência, problemas de desenvolvimento, como atraso na linguagem, déficit cognitivo e motor, auditivo e visual, além de dificuldades escolares e alterações comportamentais, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. 

Desde que começou a pandemia da COVID-19, aumentaram os riscos para o nascimento antes do tempo ideal. Isso ocorre por causa do medo das gestantes de irem fazer o pré-natal com regularidade e realizar os exames necessários durante a gestação, apesar das medidas de segurança recomendadas para evitar o contágio da doença. Trouxe também dificuldade no suporte da família à essa gestante e, posteriormente, aos pais do prematuro, já que essa família não consegue oferecer o apoio presencial pleno, somente de forma virtual. “O suporte entre as mães dos pacientes internados sempre foi importante, mas nessa fase, foi essencial para o apoio emocional. Porém, os cuidados e atenção da equipe multidisciplinar da UTI neonatal do Hospital Pasteur para garantir a saúde dos bebês e dos responsáveis foram redobrados”.